Porém, transpor a ferrovia e o rio Jundiaí ainda é problema...


A novela vem se arrastando há algum tempo... Final de Março, estudos estavam saindo sobre o projeto de passagens subterrâneas no trecho entre a Rua Castro Alves e o Viaduto São João atual. O tempo foi passando e a proposta começou a tomar corpo. Tanto que há alguns poucos dias, 03/05, foi realizado um evento com o prefeito Miguel Haddad e mais alguns secretários, incluindo Roberto Scaringella, para que se explicasse o projeto à população.

Estava decidido que o projeto seria uma avenida, que sairia da União dos Ferroviários, transporia a ferrovia por passagem subterrânea, continuaria por onde hoje é a Rua Coronel Antônio Mendes Pereira, na Vila Graff, atravessaria o rio Jundiaí via ponte e continuaria até o fim da Rua Padre Ângelo Cremontini.

Para tal seria necessário realizar várias desapropriações, inclusive demolição de parte do prédio da Pozzani. Cerca de 40 casas. Ou mais. E foi aí que, na visão dos moradores, o projeto emperrou. A maioria alega que está a muitos anos no bairro, alguns a cerca de 50 anos, e criaram afeto muito grande ao local. E agora, faz-se o que?

Proposta de Morador

Hoje, uma alternativa foi apresentada por Orival Mantovani, um comerciante que mora na Ponte São João desde que nasceu há 69 anos. Pelo seu projeto, um viaduto sairia do rio Guapeva. Logo, creio eu, sairia da Ernesto Diederichsen, aquela Rua do Hospital Paulo Sacramento. O viaduto desembocaria no rio Jundiaí, onde poderiam se fazer duas pontes, uma delas no sentido do Multi Moda Center.

Não entendi bem a parte das duas pontes. Gostei da proposta, mas acho que precisaria ser refinada. O problema, não é bem a ferrovia. Também é, mas não é só isto. Como bem disse um morador da Ponte em um comentário no JJ. O problema é atravessar o rio Jundiaí também, o semáforo dificulta muito, segundo ele. Concordo.

Refinando bem a idéia do Sr. Mantovani proponho: a ampliação da Odil Campos Saes naquele trecho de várzea entre a Rua Vigário J. J. Rodrigues e a R. Prudente de Moraes. Uma grande avenida. Logo depois do cruzamento com a 15 de Novembro, seria a rampa do viaduto, que atravessaria a União dos Ferroviários, a Ferrovia, a Antônio Frederico Ozanam e a Rua Oswaldo Cruz.

Logo depois disto, a seria a rampa de descida, desembocando na Rua Boaventura Pereira Neto, que seria duplicada, ou seja, seria a continuação da avenida. A Rua Santa Maria também seria duplicada no trecho entre a Rua Joaquim Nabuco e a Av. São João. Assim, o motorista desembocaria já na Imigrantes Italianos ou na Av. São João, as artérias do bairro.

Américo Bruno

Outra alternativa interessante seria que a Imigrantes continuasse, com pistas subindo e descendo, pela Américo Bruno. Um túnel ou ponte ligaria a Avenida à União dos Ferroviários, em frente ao Terminal Vila Arens. A Duratex não seria problema, já que a mesma saiu dali e é bem provável que aparece algum empreendimento para o terreno. Caso o empreendimento seja um conjunto residencial, a empresa poderia até mesmo ceder o espaço para a Américo Bruno passar por ali como contrapartida. ■