Os mais novos projetos do governo Miguel Haddad também transpõem um obstáculo, mas, desta vez, não é a ferrovia, mas a Via Anhanguera. O prefeito formalizou pedido à ARTESP por obras que ultrapassem a barreira representada pela rodovia, totalizando cerca de 17 transposições e 1 viaduto.
Trevo da Lagoa, como é mais conhecido, não suporta mais ampliações. O jeito é espalhar acessos ao longo da rodovia. Porém, uma medida cabível seria a duplicação do pontilhão pelo qual a via Anhanguera passa sobre a Av. Jundiaí. Porém isto por si só não seria nenhuma solução.
Assim, são previstas três intervenções de porte, segundo relatório feito pela Secretaria de Planejamento de Jundiaí. A primeira seria as relevantes alças de acesso da Nove de Julho para a Via Anhanguera. Pelo que se entende, não seriam somente as alças, mas também a obra daria acesso direto da Nove à Marginal Anchieta.
Um ponto de interrogação está em um novo acesso à Av. Jundiaí próximo ao antigo Balaio. Isto me deixou desnorteado. Não sei onde seria.
Outra importante intervenção seria a construção de uma ‘”Avenida das Walquírias”, ligando a Marginal do Carrefour à Luiz Latorre. Ainda, uma passagem subterrânea sob a Via Anhanguera daria continuidade à via, que se ligaria a Osmundo dos Santos Pellegrini, formando um grande corredor que iria do Eloy Chaves, passando pela Vila Alvorada e Samambaia e desembocaria na região do Retiro e Parque do Colégio, já próximos a Vila Hortolândia, Nove de Julho e Antônio Frederico Ozanam.
Uma bela contrapartida estaria a cargo da Iguatemi, que arcaria com a construção de uma boa avenida margeando a Marginal Anchieta (oh!), até a entrada da UniAnchieta. Esta nova avenida viria bem a calhar. Para falar a verdade, seria uma contrapartida da UniAnchieta paga pela Iguatemi.
Também existem intenções no sentido de uma passagem subterrânea sob a Anhanguera ligando a rua do Retiro com alguma rua da Vila Alvorada (popularmente, Retiro), cerca de um ou dois quarteirões abaixo do Boa. Seria uma ótima idéia a Toya Martins, responsável por um empreendimento de 15 edifícios logo em frente a cogitada obra, fazê-la em contrapartida. Ao menos bancar parte dela.
Grande parte destas obras tem condições de ser realizadas em forma de contrapartidas de empreendimentos já anunciados e planejados que seriam beneficiados de sua realização, e que gerariam demanda que tornariam necessárias tais obras. Resta a Prefeitura impor a elas esta legítima causa.