Rota das Bandeiras assume comando do Corredor Dom Pedro I



Muita gente ainda não deve ter percebido. Mas lá está ela, mais uma a entrar no rol de concessionárias com o qual a Prefeitura de Jundiaí deve aprender a lidar. Primeiro veio a Autoban em 1° de Maio de 1998, quando assumiu 316,75 km de rodovias. Entre eles trechos jundiaienses da Bandeirantes, Anhanguera e D. Gabriel P. B. Couto. Logo depois, em março de 2000 a Colinas assumiu mais 307 km, sendo que o trecho jundiaiense abrangia a D. Gabriel P. B. Couto desde a divisa com Itupeva até a altura do trevo com a Bandeirantes. A Colinas duplicou e modificou o traçado da D. Gabriel, deixando-o mais suave.

Atualmente, quem vem é a Rota das Bandeiras. Concessionária do grupo Odebrecht, um dos principais do setor da construção no país, a mesma arrematou o corredor Dom Pedro I, em leilão onde ofereceu a tarifa de R$ 0,101414 / km de pista dupla e R$ 0,072438 / km de pista simples.

Desde 3 de abril de 2009 (meu aniversário!) a companhia administra 296 km de rodovias em 17 municípios paulistas. Dentre eles, destacam-se Campinas, Jundiaí, Atibaia e Jacareí. Serão investidos mais de R$ 2,1 bilhões na malha concedida, sendo R$ 1,4 bilhão nos seis primeiros anos.

As principais obras seriam a duplicação da Rod. General Milton Tavares de Souza (Eng. Coelho – Conchal); Rod. Eng. Constâncio Cintra (Jundiaí – Itatiba); prolongamento do Anel Viário de Campinas (trecho sul); além de obras como remodelamento e implantação de trevos e marginais na Dom Pedro I.

Serão mais de 2 mil empregos diretos e indiretos gerados pelas obras da Rota das Bandeiras. Municípios cortados pela malha receberão 5% do total arrecadado com pedágios, de acordo com a quilometragem que cada município detém. São mais de 2 milhões de pessoas na área de influência do Corredor Dom Pedro I.



Em Jundiaí será grande o impacto desta concessão. A Constâncio Cintra será duplicada e, creio eu, retificada. Além da construção do Contorno de Itatiba, duplicado. Seria tudo mais fácil. Muitas pessoas com certeza utilizariam a nova rota como paliativo do trecho norte do Rodoanel. Por exemplo, alguém que vem de Minas ou do Nordeste com destino ao oeste de São Paulo ou ao Sul do país. Seguiria pela Dom Pedro I, Eng. Constâncio Cintra, João Cereser, Anhanguera e Rodoanel Oeste. Se bem que seria uma carga de mais três pedágios, mas tudo bem... É melhor dez reais na mão das concessionárias e uma viagem de uma hora do que dez reais no bolso e um atraso de três, quatro horas.

Desde já solicito junto à Rota das Bandeiras um trevo descente no Jundiaí-Mirim e uma remodelação consorciada com a Prefeitura e talvez o Governo Estadual no entroncamento da Eng. Constâncio Cintra com a Antônio Frederico Ozanam a Av. Itatiba.

É impensável que um entroncamento de rodovias duplicadas, com grande transferência entre as vias que se cruzam, utilizada como paliativo ao Rodoanel, continue com aquela ‘rotatória’ assombrosa. Pelo menos em relação ao seu novo uso. E também é difícil imaginar a Ponte de Itatiba (?) com sua nova concepção sem um remodelamento.

Mas, em resumo, é um grande avanço para Jundiaí e toda a região. ■